href="http://notrealpolitik.blogspot.com/2005/02/politica-portuguesa.html"

quinta-feira, maio 26, 2005

Até que ponto o poder corrompe aquele que o detém?

Este é um assunto muitas vezes debatido, mas nunca bilateralmente, pois o que se assume sempre á partida, é que este é um facto que ocorre sempre, ou seja, qualquer individuo que detenha um certo e determinado poder num grupo social, vai sempre ser “corrompido” pela detenção do mesmo.
Não creio que tal seja verdade, pelo menos, de todo. Há de facto situações na qual, o individuo é “corrompido” moralmente pela sua detenção de poder face aos outros indivíduos, e que se serve do mesmo em seu próprio favor. Como tal é frequentemente visto nos círculos políticos, e como os média dão uma tal importância, isto faz com a situação se torne regra.
Presentemente tive a sensação de ter visto um exemplo. A quando da morte do Papa João Paulo II, e depois de ter tido a oportunidade de estudar um pouco mais a fundo a sua vida, podemos observar que apesar de ser o mais influente líder religioso e líder da provavelmente mais poderosa organização mundial, o Papa não se rendeu as dogmas da instituição, e utilizou o seu pode para tentar mudar alguma coisa, utilizou o seu poder para tentar mudar a organização que chefiava. Este creio, é um exemplo de que o poder nem sempre corrompe aquele que o detêm. Vou ver se consigo encontrar mais exemplos (embora saiba que tal deve de ser difícil ).
Um tema a debater nos proximos post :)


(enigma)

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O poder é transformador de carácter, de personalidade. Mas quando se fala de poder, tens de analisar também o querer ter o poder (a sede de poder). o querer estar agarrado ao poder. Quando tens o poder cedes a pressões, ou então tens atitudes de simples conveniência, e isso é uma forma de rompimento com os teus ideiais. O exemplo que deste não será o melhor. A igreja católica é o maior centro de obscuridade politica e civica que existe. O antigo papa não usou o poder para ir contra a sua igreja. Lembro-me da questão do preservativo. É ideia feita da igreja assinada pelo papa. (sinceramente n vejo JP II como alguém que mudou os caminhos da igreja, o caminho foi mudado por obrigação e não por designio de algum seu representante)...
O poder dá-te visibilidade, e isso pode gerar vaidade da tua parte, que depois se pode transformar em rompimento com ideias. Não conseguirás encontrar exemplos viáveis de homens do poder que não tivessem sofrido tal mal, daí que a melhor solução politica será a divisão completa de poderes (o que já, em parte, acontece numa democracia - tens vários poderes separados, exactamente para não existir um poder absoluto capaz de corromper)..
O poder não deve ser dado aqueles que mais o procuram, são esses que o querem que se tornaram os mais perigosos.. E para acabar, o que já vai longo para comentário, Lincoln: "quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".

[posidon]

9:57 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home