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quinta-feira, novembro 03, 2005

É exactamente por isto, um parágrafo retirado do Abrupto, que não gosto do Soares:

"O reverso é o que Soares pensa, a sua agressividade de castelão que vê o rendeiro comprar as terras que teve que vender porque esbanjou os seus bens, a sua superioridade cultural face aos parvenus que não sabem comer à mesa, ou distinguir Pomar de uma Menez (aqui engana-se porque Cavaco tem um belo quadro da Menez) um quase direito natural a ser superior, a mandar, a classificar o mundo, que, tenho insistido nisso, é tipicamente uma marca social. Na sua vida turbulenta e corajosa, ele ficou sempre o menino bem e mimado, que entende ter um direito natural a mandar, que trata Portugal e os portugueses como lhe pertencendo. O drama que o atravessa nestes dias é perceber que afinal, já não são dele, são doutro. E humanamente responde sendo agressivo e subindo a parada e perdendo ainda mais o "ar do tempo" que já não compreende." in Abrupto (3/11/2005)

[posidon]