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quarta-feira, abril 20, 2005

Rouxinol

Uma vez mais a solidão retorna a minha alma, sou como o rouxinol, tento cantar, mas quebram-me o bico, quero voar, mas quebraram-me as asas. Espero que não me roubem a noite, ou será a minha morte. Na noite encontro a miha paz, só, mas tranquilo, no meu pequeno mundo, no meu canto, mergulhado nos meus sonhos, nos quais voo e canto em liberdade e em companhia.

Cantilena

"Cortaram as asas
ao rouxinol
Rouxinol sem asas
não pode voar.

Quebraram-te o bico,
rouxinol!
Rouxinol sem bico
não pode cantar.

Que ao menos a Noite
ninguém, rouxinol!,
ta queira roubar.
Rouxinol sem Noite
não pode viver. "

Padre Francisco Fanhais

(Enigma)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Uma solidão diferente esta que aqui apresentas! Muito mais tranquila comparando-a com a que apresentas-te no teu outro post. Essa era menos tranquilizante, mais insatisfeita, em que se procura o algo, em que não se está bem com o seu eu. engraçado!

[posidon]

9:17 da manhã  
Blogger Amélia said...

Foi cantado por Francisco Fanhais - mas o poema é de Sebastião da Gama.Creio que foi cantado pela 1ªvez num Zip-Zip

7:56 da tarde  

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